Sapucaí quer dizer rio das sapucaias, isto é, rio que canta, rio que grita. O nome foi dado pelos índios em alusão às lecitidáceas que, quando fustigadas pelos ventos, freqüentes no vale, produziam silvos semelhantes a gemidos. E como essas existiam em abundância em quase todo vale, margens e barrancas de rio, onde eram mais aglomeradas.
Nascendo na Serra da Mantiqueira e percorrendo os vales de Minas, passando por cidades como Itajubá, Santa Rita do Sapucaí, Pouso Alegre e Paraguaçu, irrigando terras, oferecendo seus peixes e sendo aos poucos destruído pelo animal mais nocivo que já pisou na face da terra, o homem, este é o rio Sapucaí. No passado deve ter servido de via de transporte aos bandeirantes que adentravam as Minas Gerais em busca de pedras preciosas e ouro, e mais recentemente, permitiu que vapores chegassem até o vilarejo de Pontale, nas proximidades de Paraguaçu.
Antes da construção da represa de Furnas, o Sapucaí juntava-se ao Verde em Pontalete e seguia na direção sudoeste, indo desaguar no rio Grande. Com a formação do lago de Furnas, passou a ser apenas contribuinte da represa.
Hoje, no ano de 2001, o rio sofre com o assoreamento de suas águas, a poluição por esgotos domésticos e industriais não tratados, a dragagem indiscriminada, a devastação de suas águas e suas nascentes, a matança de seus peixes, seja pela pesca predatória com o uso de redes, tarrafas, bombas, seja pela pesca na época da Piracema ou ainda pela introdução de espécies não nativas do rio, como o Pintado, a Tilápia, o Pacu, a Carpa e o Catfish (bagre), entre outros, que contribuem para o desequilíbrio de seu delicado ecossistema.
Mas o Sapucaí, apesar de toda essa agressão, não deixa de ser generoso: Dourados de mais de 15 kg ainda podem ser pescados em suas águas, especialmente em suas fortes corredeiras. Sem falar das Tabaranas, dos Curimbatás, dos Mandis, das Cigarras, das Piavas, dos Lambaris, dos Piaus, dos Cascudos e de outros peixes.
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